sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Resenha Crítica: As Crônicas de Artur - O Rei do Inverno

Capa: O Rei do Inverno.
     Um dos principais se não o principal motivo por ter tido a ideia do site e levado a frente.Talvez alguns achem isso como uma resenha do livro e qualquer outra coisa, menos uma critica, mas vamos lá.

     Bernard Cornwell famoso por escrever livros baseando-se em fatos históricos vem dessa vez idealizando um Artur nunca visto antes, através de pesquisas e afins montou uma trilogia impressionante capaz de entreter o leitor por horas a fio. O primeiro livro da trilogia se chama “O Rei do Inverno” e é por ele que vamos começar.

     A história se passa na Idade das Trevas e aqui quem conta a história é Lorde Derfel Cadarn, grande guerreiro e um grande amigo de Artur, onde Derfel com a desculpa de que esta escrevendo o evangelho na língua saxã, narra a história da sua visão e conta com a companhia da bela Igraine para deixar o leitor mais apaixonado e ansioso a cada página.

     No primeiro livro da série acompanhamos o nascimento de Mordred, que será o futuro rei da Dumnonia e a grande disputa de interesses pelo seu futuro reino. Também serão apresentados a todos os famosos personagens das antigas historias Arturianas como Guinevere (a linda e sedutora ruiva), Lancelot (o grande, covarde e enganador) e para mim o melhor personagem de toda essa historia, Merlin (o incrível, engraçado e perspicaz), sem contar personagens marcantes do livro como Culhwch (primo de Artur e um dos personagens que tira a tensão da narrativa) e Sagramor (o numida, grande guerreiro de Artur e a quem devo o total respeito). O enredo se passa na disputa entre os principais reinos da própria Britânia, que por motivos de diversas desavenças, traições, mentiras e mortes se veem totalmente dividida e a mercê de um confronto contra os saxões (os principais inimigos dos reinos britânicos). O clímax se concentra nos confrontos épicos entre os principais reinos, que com a grande ajuda da linguagem agressiva e sem censura de Cornwell tornam-se quase vivenciáveis. O grande ponto chave da história, aonde irão se arrepiar (algo que se tornará frequente durante a leitura do livro) novamente é na última parte, “A Parede de Escudos”, onde Artur prova porque é um guerreiro tão espetacular e onde Derfel definitivamente cairá nas graças de vocês.

     Cornwell tem o poder de transformar uma simples leitura em algo fantástico, deixar o leitor ansioso a cada página, fazer com que a leitura seja algo ainda mais prazeroso, e é claro, o poder de fazer com que fiquem com lágrimas nos olhos a cada morte de um personagem importante (algo que não poderia deixar de faltar para que o livro fosse espetacular).

     O livro é espetacular em todos os aspectos, todo o ambiente feito por Cornwell, ele não mede escrúpulos na sua escrita, coloca verdadeiramente a forma de vida que tinham na Idade das Trevas, não censura em nenhum momento as ações dos personagens, não esconde os estupros que eram algo comum na época, os assassinatos, as lutas tanto homem a homem quanto entre exércitos, literalmente “cabeças rolam” dentro do enredo que pode até ser forte em alguns momentos, mas é espetacularmente fascinante e encantador.

     Espero que tenham gostado dessa critica/resenha/síntese, chamem como quiserem,  espero que ela cause em vocês o efeito que eu pretendo, deixa-los ansiosos pela leitura e que se  sintam famintos por ela a cada palavra lida.

- Maiki - 

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